segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Safra de Laranjas

Estamos vivendo uma das maiores crises financeiras da história contemporânea do Mundo. Empresas gigantes, de todos as nações do mundo, vivem momentos de estagnação, onde as fusões são a única saída para não deixarem de existir.

No Brasil, com a desculpa de salvar multinacionais, o governo diminui impostos para aumentar ou manter o consumo, mas o que se vê é o aumento sem controle dos veículos, dos móveis, dos eletrodomésticos. Como sempre no Brasil, através do uso exagerado da propaganda, o governo e as empresas conseguem iludir, ludibriar o consumidor, deixando-o extasiado com suas possibilidades consumistas, que os leva a não prestar atenção nos preços. Pode pagar as prestações? Então tudo certo. O preço total não importa.

Se observarmos, notaremos que esta diminuição de impostos, ou isenções, só acontece com produtos que venham beneficiar grandes conglomerados econômicos e financeiros. E o porquê disso? Basta observar os escândalos. Milhões e milhões nas meias, nas cuecas, e quem sabe mais aonde. Os representantes do povo perderam a vergonha. O pudor não mais existe, e a ética não é mais passada de pai para filho. O que vemos são governadores, senadores, e tantos outros, juntos com seus filhos, envolvidos em falcatruas, onde o importante é ganhar cada vez mais. É ter cada vez mais. Não importa quem será prejudicado. Não importa se pessoas morrem de fome ou por falta de atendimento médico. O que importa é que estejam ricos. Tenham muito para gastar.

Nossa região não é diferente do resto deste país, corrupto por natureza. O crescimento econômico é grande. Novas empresas surgem, novos investimentos, mas todos concentrados em algumas famílias que até pouco tempo atrás nada tinham. Os políticos são parecidos. A diferença é que ainda não colocam as propinas recebidas na cueca e nas meias. Aqui tudo é aplicado em laranjas. Isso mesmo laranjas.

A região produz hoje uma grande quantidade de laranjas, e estima-se que nos próximos 3 anos possa ser a maior produtora de laranjas de Santa Catarina, e quem sabe, se Brasília e o Rio de Janeiro deixarem, ser a maior do país.

Você leitor, deve pensar que isso é loucura, pois você olha para os lados e não vê nenhuma grande plantação. Prezado leitor, não é loucura, é que os objetos em questão não são “as laranjas” e sim “os laranjas.”

Jamais se viu uma região tão pequena com tantos laranjas. Pessoas estas que, com seus rendimentos medianos, conseguem adquirir propriedades imóveis e móveis, de altíssimas montas.

Infelizmente a safra é grande, e os cidadãos de bem não conseguiram colher toda a produção.

Mesmo que pudesse ser utilizado o exército.

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Ailton Carlos Coelho
nascido em 21 de agosto de 1959
na cidade de Apiúna - SC,
Graduado em
Publicidade & Propaganda,
Pós-graduado em
Gestão e Planejamento
de Eventos Turísticos,
e editor dos Jornais JCN e Parole.

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