quinta-feira, 19 de junho de 2008

A escolha é sempre a mesma

      De dois em dois anos nos deparamos com eleições. Milhões de reais gastos para definir quem dirigirá os destinos dos municípios, estados, do país.
      Vivemos em uma democracia, onde o poder emana do povo...
      Será mesmo que o poder vem do povo para o povo?
      Neste blá... blá... blá da politicagem, será que não estão nos iludindo, enganando?
      Quem está falando a verdade?
      O que o jornal publicou é verdade?
      E o que a justiça decidiu foi justo ou o coitado era inocente?
      Dúvidas e mais dúvidas que em algum momento de nossas vidas são colocadas em nossa frente, e mesmo sem termos chegado a qualquer conclusão somos obrigados a decidir. E lá vai, a decisão foi tomada, o ido não mais retorna.
      Nas últimas eleições votei no candidato errado.
      Nas próximas eleições não voto mais nesse cara.
      Agora vamos eleger alguém nosso, do povo, para tomar as decisões.
      Tudo bem, esse cara também tá fazendo um monte de porcaria, mas pelo menos ele é dos nossos.
      Esse prefeito fez mais do que todos os outros juntos.
      O presidente é gente como agente, foi trabalhador, passou até fome.
      Estas indagações, afirmações, nos levam a tomar decisões puramente emotivas, sem racionalidade. E a cada dia, ano, que passa mais e mais corruptos, usurpadores do bem alheio, se proliferam e dominam as administrações públicas. Seres desprezíveis que se aproveitam de seus cargos para mudar as leis, tornando-as ineficazes e com o simples intuito de criar escudos protetores, mantendo-os no poder e junto, bem pertinho, dos milhões que deveriam ser aplicados na saúde, na educação, em estradas..., mas que acabam em suas contas bancárias.
      Mas se você também foi um destes que votou errado, não se preocupe, pois a escolha é sempre a mesma: nós sempre escolhemos e escolheremos Barrabás.
      Nós adoramos eleger bandidos e corruptos.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Interesses...

      As vezes tento buscar explicações para o que é inexplicável. Tento buscar em minha vã sabedoria, descobrir por que a maioria dos cidadãos quer políticos decentes, honestos, para serem seus representantes, mas na contramão buscam favores, benefícios?
      Como é possível um político ser honesto:
- Se ao se eleger beneficia alguns em detrimento da maioria?
- Se realiza inúmeros concursos, e efetiva no serviço público os filhos dos amigos, dos parentes e parentes dos parentes, e ainda o mais grave, utiliza a máquina pública para cumprir promessas de palanque?
      Recentemente, em uma manifestação, várias pessoas compareceram para realizarem pronunciamentos em favor de um político. O curioso é que a maioria, senão a totalidade dos presentes, possuía parentes empregados e ainda em estágio probatório, ou eles mesmos exercem cargos oferecidos pelo político em questão.
      Alguns há pouco tempo, estavam encostados em outros partidos políticos, tirando grande proveito do poder, e hoje agem de forma agressiva, contra estes que eram seus aliados, agora “inimigos”.
      Será que a resposta que procuro está baseada apenas na definição de uma palavra?
      Será que todos são movidos apenas pelos interesses pessoais?
       O interesse é a alma do amor-próprio.
      Quem só pensa em si: não vê, não ouve, não conhece, não sente e não se move.
      Quando um homem trabalha apenas para seu benefício, e fica paralisado para os interesses dos outros, cai em uma espécie de morte, provocada em todos aqueles a quem narrar a própria vida. No mesmo instante, este homem adormece e volta a si, apenas quando o interesse se aproxima ou se afasta dele.
      Quem vive apenas para si, vive as angústias das incertezas, da falta de saber se algum dia alguém dele se aproximou... sem interesse.


Ailton Carlos Coelho
nascido em 21 de agosto de 1959
na cidade de Apiúna - SC,
Graduado em
Publicidade & Propaganda,
Pós-graduado em
Gestão e Planejamento
de Eventos Turísticos,
e editor dos Jornais JCN e Parole.

See - Soluções Empresariais e Editoriais Ltda. Todos os Direitos reservados