segunda-feira, 30 de março de 2009

Politicagem

     No dia a dia o que mais vemos é a luta por interesses pessoais, mesmo que eles não sejam éticos ou legais.
     Na certeza da impunidade os políticos brasileiros fazem valer o ditado do “jeitinho brasileiro”: não importa a lei e os preceitos, vamos dar um jeitinho.
     Quando esse jeitinho infringe leis e é denunciado pela imprensa, leva estes administradores públicos a buscar o apoio nos operadores da justiça, e com advogados normalmente pagos com dinheiro público acionam os veículos de imprensa por “crime contra a honra” ou “danos morais”. O que surpreende é que muitas vezes logram êxito, mesmo existindo jurisprudência de que não existe este tipo de dano moral, pois o cidadão tem direito a informação, e que quando alguém busca cargo público deve estar ciente das críticas que surgirão em seu caminho. O que assusta é que como os políticos tem foro privilegiado, os julgamentos são realizados no Tribunal de Justiça (TJ), no nosso caso: Florianópolis; e assim são necessários milhares de reais para a defesa do veículo de comunicação.
     Partindo do princípio de que: “quem aceita o mal sem protestar, coopera realmente com ele”; a imprensa busca informar, denunciar, todos os ocorridos dentro e fora das leis, auxiliando assim a fiscalização dos maus “cidadãos”. Atualmente o que está ocorrendo é que a maioria não possui mais coragem para denunciar, pois uma representação no MP, por um cidadão normal, leva anos para ser averiguada, e talvez com boa vontade será levada adiante e denunciada, mas se esta representação partir de um político pode esperar que a agilidade e a rapidez será grande.
     O Jornal Cabeço Negro, através de sua editoria, não se nega ao papel de denunciante, e não foge a luta, e nada que fizemos está relacionado com nomes de pessoas: nada é pessoal.
     É crime. Portanto denunciaremos.

sábado, 21 de março de 2009

Paladino da Justiça

     Na busca incessante da justiça, de dar acada um aquilo que é seu, nos arremete aos *“paladinos da justiça”. Homens que buscaram fazer justiça a qualquer custo.

*“Paladino era cada um dos divinos cavaleiros do Imperador do Ocidente Carlos Magno, Imperador do Sacro Império Romano, Rei dos Francos. Homem de grande bravura. Cavaleiro Honroso.”
     Quando criança li muitas revistas e vi vários filmes do Durango Kid, um funcionário do Correio Americano, que montado em seu cavalo branco,vestido de preto e máscara, buscava defender os fracos e oprimidos, e me fazia acreditar que a justiça existia.
     Quando ainda jovem presenciei a luta de promotores públicos, na busca incessante da justiça, mesmo contra os interesses do “Regime Militar”. Estes moravam nas cidades onde trabalhavam e buscavam o melhor para as comunidades.
     Hoje vejo alguns destes representantes da lei, lutando pela ética, pela moralidade e pela justiça. Buscam o bem comum. Mas outros nem nas comunidades moram. Não conhecem nada do que os rodeia, cerca, e acabam por falhar nesta busca pela justiça.
     Hoje minha casa se tornou uma “delegacia”, um centro de queixas. Não que eu seja um paladino da justiça, e nem esta é a intenção, mas sim a última esperança, talvez, de muitas pessoas que não têm a quem recorrer. Faltam-lhes coragem ou até mesmo tempo, para buscar outras formas de enfrentar as injustiças. Todos os dias são acometidos por males sociais e ninguém, voluntariamente, vem em busca de socorrê-los. Muitos vêem estes aflitos cidadãos sofrendo as barbáries que lhes são impostas, mas nada fazem.
     Quando um cidadão comum passa a ser a última esperança dos honestos e oprimidos, é por que a justiça realmente ficou cega, ou seus operadores se negam a ver o que está debaixo dos seus narizes.
     Quando se torna necessário acreditar que só existe uma última e única esperança, é por que não mais acredita-se na justiça.
     Mas precisamos lembrar de que não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.

Paciencia...

      Muitos já externaram seus sentimentossobre esta virtude humana, maso poeta chileno Pablo Neruda e o magnífico Leonardo Da Vinci, foram muito além,mostrando que a “paciência” pode e deve ser ocaminho, a arma, para buscarmos nossas grandes vitórias.

“Só com uma ardente paciência conquistaremos aesplêndida cidade que dará luz, justiça e dignidade atodos os homens. Assim a poesia não terá cantado em vão.” Pablo Neruda

“A paciência serve de proteção contra injustiças comoas roupas contra o frio. Se você veste mais roupas como aumento do frio, este não terá nenhum poder paraferi-lo. De forma idêntica você deve crescer empaciência quando se encontra em grandes dificuldadese elas serão impotentes para atormentar a suamente.”Leonardo daVinci

      Com paciência qual passatempo solitário, fazendo diferentes combinações com cartas de baralho, sempre seguindo as regras, poderíamos vencer. Vencer sem adversário visível ou invisível, mas vencer. Mas ao invés disso buscamos, através do descontrole, as soluções repentinas, bruscas, e acabamos por sermos derrotados. Aquelas melhorias nos serviços básicos desaúde, de educação, de infraestrutura, de..., nunca acontecem.

      E por que?

      Quantas vezes já nos fizemos a mesma pergunta?Sempre temos a mesma resposta, mas não a aceitamos.Por isso é que não conquistamos nada. Nem sabemosdos problemas de nossa comunidade, mas queremos,queremos.

      Será que com paciência, responsabilidade, e sempre seguindo as regras, não teríamos as soluções?

Por que não tentamos esta forma?

      Busquemos portanto, aglutinação em torno deassociações, para então todos juntos reivindicarmosaçõesemprol, não de um, mas de todos.


      As soluções e as ações sempre virão para beneficiarmuitos e não poucos, mas é claro se estes muitos forempacientes e unidos.

Águas Tranquilas...

      Os prefeitos eleitos que assumiram seus
cargos no dia primeiro de janeiro,
encontraram prefeituras apinhadas de
funcionários efetivos, onde a folha salarial é
muito maior do que a capacidade de investimento.
Chegaram trazendo na bagagem uma lista enorme
de promessas de campanha, inclusive de cargos
públicos.
      Poderiam eles navegar em águas tranquilas,
deixando para mais tarde o cumprimento das
promessas, mas iniciam imediatamente a dança
das cadeiras. Promovem aliados, onerando ainda
mais o erário público. Nesta intensa dança,
cadeiras ficam sem ocupantes e outras lotadas.
      Com isso novos ocupantes se achegam, pois a
cadeira não pode ficar vazia.
      Assim é e sempre foi, e por isso o barco vai
ficando pesado, e aí os aliados políticos passam a
abandonar o barco, e o comando acaba por
enfraquecer, e as tempestades começam a se
aproximar.
      Mas como participar e vencer uma disputa
eleitoral sem promessas?
      Talvez este não seja o ponto de partida. Talvez
o ponto inicial esteja no fim. Isto mesmo.Alguém
tem que romper este elo. Alguém que prometeu
tem que não cumprir para que os eleitores não
pensem em benesses e passem a votar nos mais
qualificados.
      O que os políticos precisam entender é que
precisam cumprir acordos e não promessas, e que
estes acordos precisam ser bem costurados para
que depois não venham se transformar em pedras
no caminho, ou ondas gigantescas de um mar
revolto.


Ailton Carlos Coelho
nascido em 21 de agosto de 1959
na cidade de Apiúna - SC,
Graduado em
Publicidade & Propaganda,
Pós-graduado em
Gestão e Planejamento
de Eventos Turísticos,
e editor dos Jornais JCN e Parole.

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